terça-feira, 22 de setembro de 2015

- 1º Dia -

Acordei, olhando para o teto ... Após alguns minutos olhei para o relógio era meio-dia, pensei: - Nossa eu só cochilei e se passou quatro horas que tenso ...
Levantei andei até a cozinha aonde a gritaria imperava, com a TV ligada no volume 35 pelo menos, respirei fundo e fiz meu café. (Sim eu sei o que você está pensando, que história/vida chata você escreve aqui cara, mas acredite você precisa me conhecer.) Voltei ao meu quarto aonde é "meu espaço". A minha casa é divida por "espaços" que são :


  1. cozinha / neutra 
  2. sala / Avô
  3. quarto com ar/ Avó
  4. banheiro / neutro
  5. quarto com ventilador / Eu *-* 
Em cada parte dessa parece que é um mundo diferente, cada um com suas regras e governantes diferentes. Na minha família também tem os agregados, eles são os "parentes" que moram no mesmo quintal e usurpam minha casa de todas as formas a mais comum é na dispensa. ( Lá pra frente falaremos deles com mais detalhes)

Chegando no meu quarto ligo meu computador enquanto abro a janela e vejo pela lateral o vento bater na árvore que se balança levemente ... Naquele momento pude perceber a distância que estou dos de mais membros. 

Percebi que eles são tão comuns, pensam em coisas tão simples, tem seus problemas tão banais, tudo tão normal que enjoa... a mesma rotina, o mesmo café , as mesmas brincadeiras, as mesmas preocupações. Sinceramente acho eles tão chato e diferente de mim que vivo me perguntando: 

- Será que sou parente deles mesmo ? 

Eles com seus egos inflados, proliferando a inveja entre eles com seus celulares, roupas, tênis, carros, viagens e histórias e eu observando, rindo comigo mesmo e sempre pensando como são tolos. Percebo que os objetos tem tanto valor pra eles que eles esquecem o valor dos sentimentos. 

Acho que o idiota sou eu que, mesmo vivendo no mundo do jeito que está. Ainda acredito no ser humano e em suas qualidades, talvez deva ser por isso que desenvolvi minha própria maldição o "SENSO CRÍTICO". 

Criei uma barreira mental em torno de mim que até hoje só vi "11" pessoas que conseguiram chegar até o meu eu verdadeiro, chamo essas pessoas de Gold Saints. ( sim é uma referencia aos 12 dourados de Atena de "Saint Seiya de Masami Kurumada") Não tenho contato muito forte com todos mas com alguns sou bem próximo. Eu sou considerado o "Reparador" defendo a primeira casa Aries, (em outro momento citarei os outros 11) como já era a tarde recebi um lembrete e fui a casa no meu irmão( que chamarei aqui de Tinker( quando ele faz uma de suas invenções) ou Stick(quando ele está "zoeiro" )) fui ajudar com o reparo da sua casa.

Ao andar pela rua vejo pessoas vazias com pressa de ganhar a vida de uma forma fácil, os jovens nas esquinas com seus "radinhos" querendo vender seu veneno para outros, as jovens com 11, 12, 13 anos já se pintando e com roupas "sensuais". Percebi a enorme distância que há, ali é o abismo aonde os que caem dificilmente voltam, preferem ficar e apodrecerem ali. "Gritos de um mudo que não ouve a voz da racionalidade e não veem seu fim cada vez mais próximo. " - Isso descreve eles de uma forma bem real

Ao passar pela esquina vem uma senhora em minha direção e diz: 
- Ponha seu nome no caderno de oração 
Olhei, reparei e pensei pois tinha poucos segundos para responder. Rapidamente olhei para a jovem e lembrei do tempo da "Hell´s Kitchen",( Ciep 399 aonde estudei no Ensino Médio) no meio de tantas lembranças ruins me lembrei dela usando suas artimanhas femininas para conseguir seus lanches e benefícios com os professores ... e ao terminar essa lembrança saiu de minha boca automaticamente:
- Não senhora, obrigado 

Acelerei e olhando apenas para frente concluindo minha breve percepção voltei a lembrar de uma piada de barbeiro:

"Nas igrejas a maioria das pessoas é ex-alguma coisa" 

Quando terminamos os reparos meu irmão ( vou chamar ele aqui de Bear(quando está "zoeiro" ou Jr( no seu normal)) ligou para o Stick para lancharmos juntos e me pediu para que eu fosse até a padaria com ele. Ao chegar na padaria me lembrei de muitas fases da minha adolescência ali: quando trabalhei, os encontro pós virada de noite, café da manhã, os traidores (grupo de pessoas que me usaram para alcançar seus objetivos/ resolver seus problemas e depois falaram mau de mim). Compramos nosso lanche, nos reunimos na casa do Stick, voltei pra casa com o meu irmão e quando tomava meu banho pensava por mais quanto tempo o mundo será desse jeito, objetos tem mais valor pessoas e pessoas não sabem o que é um sentimento ...


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